Reincidência criminal sob nova ótica
“Os três primeiros meses são os mais difíceis. É a fase mais complicada, pois a desconfiança sobre nós é muito grande. E conviver com essa desconfiança, com a falta de apoio da família e o vício das drogas são, para mim, os principais motivos para que um egresso volte à criminalidade”, sentencia o ex-detento J. P. A. N.. Ele é um dos entrevistados do documentário ‘Refletindo a Liberdade’, fruto de um projeto de mesmo nome produzido pela equipe técnica do Programa de Inclusão Social de Egressos do Sistema Prisional(PrEsp) do Centro de Prevenção à Criminalidade (CPC) Montes Claros, na região Norte de Minas.
PrEsp ganha destaque no meio acadêmico
O trabalho com egressos do sistema prisional atendidos pelo Programa de Inclusão Social de Egressos do Sistema Prisional (PrEsp) tem ganhado destaque no meio acadêmico com a participação cada vez maior da equipe do programa em fóruns de debates sobre a temática. É o caso das técnicas sociais Juliana Marques Rezende, Marina Aparecida Pimenta da Cruz Correa e Rafaelle Lopes Souza, integrantes da equipe do Centro de Prevenção à Criminalidade (CPC) Belo Horizonte, que participarão do V Simpósio Internacional Trabalho, Relações de Trabalho, Educação e Identidade, que será realizado nos dias 26, 27 e 28 de maio, na capital mineira.
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Jovens aprendizes que muito ensinam
A exemplo da oferta de cursos profissionalizantes a usuários do Programa de Inclusão Social de Egressos do Sistema Prisional (PrEsp) – ação já relatada em matéria da segunda edição da revista 'Prevenção em Rede' –, entra em seu quarto ano o projeto de contratação de egressos com idade entre 18 e 22 anos como jovens aprendizes nos Centros de Prevenção à Criminalidade. Um trabalho que mobiliza o Programa de maneira especial neste ano, já que termina agora em 2014 o recurso que o financia e que foi captado via Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) determinado a partir da conversão de multa trabalhista aplicada a empresa do ramo petroquímico.
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Oportunidade para ouvir
“O ideal é que futuramente possamos realizar uma pesquisa mais ampla e que consiga ouvir um maior número de egressos, para compreendermos ainda mais os nossos usuários”. Com essas palavras a coordenadora do Programa de Inclusão Social de Egressos do Sistema Prisional (PrEsp), Daniela Carvalho, destaca a recente iniciativa do programa de conferir um espaço exclusivo para a fala dos egressos que participam de suas atividades. A experiência ocorreu como parte da programação do encontro metodológico trimestral realizado em julho, em Belo Horizonte, quando dez usuários do PrEsp foram convidados a apresentar aos técnicos, supervisores e diretoria do programa, ao longo de toda uma tarde, suas impressões sobre o PrEsp e os impactos permanentes do mesmo em suas vidas.
Trabalho com egressos tem reconhecimento na academia
A experiência com o trabalho de reinserção no mercado de trabalho formal de pessoas com passagem pelo sistema prisional ganhou as páginas da última edição da Revista da Faculdade Mineira de Direito, da Pontifica Universidade Católica (PUC) de Belo Horizonte. No artigo publicado no periódico, intitulado ‘A quebra do pacto social, a penalização e seus efeitos na inclusão de egresso do sistema prisional no mercado formal de trabalho’, as técnicas sociais do Programa de Inclusão de Egressos do Sistema Prisional (PrEsp), Juliana Marques e Marina Pimenta, debatem questões referentes à quebra do pacto social, a penalização e seus efeitos para as pessoas que cumpriram penas privativas de liberdade
Descrição
O Programa de Reintegração Social de Egressos do Sistema Prisional (PrEsp), realizado pelo governo de Minas, viabiliza o acolhimento às pessoas que já cumpriram pena de privação de liberdade, permitindo a retomada de sua vida social. O programa amplia as condições para o conhecimento e acesso do público aos direitos previstos na Lei de Execuções Penais e promove acesso a direitos sociais, a oportunidades de capacitação profissional, de inclusão no mercado formal de trabalho e a redução de fatores estigmatizantes. O trabalho articula-se em rede entre os diferentes segmentos da sociedade (Estado, empresas e Terceiro Setor) para qualificar as condições de inclusão social do Egresso, reduzindo os fatores de risco que contribuem para a reincidência criminal.